Design Export: entenda como o design ajuda as empresas brasileiras a ganhar o mundo

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Quarta edição marcou 10 anos do programa e trouxe nova categoria de atendimento para as empresas 

Ser competitivo no mercado internacional passa também pelo design de um produto, embalagem ou serviço. Assim, design não é apenas sinônimo de beleza ou de luxo, mas atributo de diferenciação na economia internacional. O Brasil, conhecido por soluções inovadoras e pela criatividade, é um dos países que mais busca promover o design na exportação e, nesse esforço, o Design Export, programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) realizado em parceria com o Centro Brasil Design tem destaque. Em dezembro de 2023, encerrou-se a quarta edição da inciativa, com a novidade de atendimento de empresas que buscaram o design de serviços, que passou a compor com as categorias de design de produtos e design de embalagens. Confira os resultados e casos de sucesso e saiba como o design pode impulsionar suas vendas ao exterior. 

Para atender o consumidor de outros países, as empresas brasileiras precisam, muitas vezes, adaptar produtos, embalagens ou serviços, o que impõe uma análise mais profunda da identidade da marca e do público-alvo. Segundo a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, “para exportar, é preciso entender padrões de consumo, atender normas regulatórias e bem comunicar as qualidades do produto ou serviço. Além disso, hoje em dia, os consumidores estão preocupados com padrões de sustentabilidade e atentos à história dos produtos, e o Design Export traz soluções para facilitar a inserção dos produtos e serviços brasileiros nesses mercados cada vez mais exigentes”.  

Ao longo de 10 anos, o Design Export  se consolidou como um ecossistema de design e inovação focado na exportação. O programa seleciona empresas para receber apoio técnico e financeiro para contratarem o atendimento de um escritório de design, com o objetivo de, a partir do projeto desenvolvido, tornarem-se mais competitivas e estabelecerem uma cultura e uma estratégia organizacional de design na exportação. Para que o atendimento ganhe ainda mais efetividade, os brokers – responsáveis por acompanhar a empresa durante o programa - oferecem orientação aos empresários em todas as fases do desenvolvimento ou adaptação de produtos, embalagens ou serviços fornecendo informações e apoio essenciais para a gestão do processo, o que reduz os riscos associados ao lançamento da inovação no mercado. 

Desde a primeira edição, realizada entre 2012 e 2015, foram 429 empresas qualificadas. Na quarta edição (2021-2023), o programa atendeu 60 empresas de 22 setores produtivos, com destaque para móveis (13%) e alimentos e bebidas (12%).  “O programa atende empresas de todos os portes, mas 80% das empresas qualificadas foram pequenas e médias, o que mostra o esforço da Agência de aumentar o número de empresas exportadoras e impactar diretamente no desenvolvimento do país, gerando empregos e renda”, destacou Clarissa Furtado, gerente de Competitividade da ApexBrasil.  

Ao finalizar a quarta edição, todas as empresas declararam que investirão na aplicação do projeto de design desenvolvido durante o programa, sendo que que 73% delas pretendem investir até R$ 200.000 e 27% querem investir entre R$ 200.000 e R$ 500.000. Além das expectativas de investimentos, a percepção do valor do design por parte dos participantes é percebida em relação às previsões de aumento nas vendas. 91% das empresas acreditam que suas vendas aumentarão em função do novo projeto, com 17% delas tendo previsão de mais de 100% de aumento.  

Segundo Gabriel Machado, gestor do Design Export, “o programa tem um efeito transbordamento. O designer, quando começa a atender a empresa para o mercado internacional, consegue gerar expertise sobre o mercado internacional e sobre o mercado brasileiro, de modo que ele desenvolve a capacidade de oferecer a empresas estrangeiras os seus serviços de design, passando ele a exportar seu serviço também”.  

Design de Serviços em foco 

O comércio internacional de serviços cresce mais que o comércio de bens. De acordo com a OCDE, o setor de serviços corresponderá a 75% do comércio global até 2025. Nesse cenário de crescentes oportunidades, o design é ferramenta fundamental para aumentar a competitividade internacional dos serviços brasileiros, razão pela qual a quarta edição do Design Export agregou o design de serviços como nova categoria de atendimento para as empresas.  

Já na primeira edição em que o atendimento foi oferecido, 23% das empresas realizaram o Design Export na modalidade de serviços. A Indulge Me, startup brasiliense quer participou do Design Export entre 2021 e 2023, aposta no turismo “gamificado” para ganhar o mundo. A turistech busca incrementar a experiência turística com dinâmicas de desafios, caça ao tesouro, quizzes, em um contexto de storytelling educativo.  

 “Começamos com o passeio gamificado do Catetinho, passamos para a Praça dos Três Poderes e chegamos a Dubai, a Meca do turismo. Criamos o primeiro passeio gamificado da marina de Dubai e agora estamos trabalhando na Espanha e com diálogos adiantados para entrar no mercado saudita”, conta Leo Braga, CEO da empresa. Com o Design Export, a Indulge Me remodelou todo a apresentação de seu website e aplicativo. Segundo o empreendedor, “o design era um grande gargalo para nós e, com o apoio do programa, encontramos o escritório de design certo para nossas necessidades. Esse matchmaking trouxe segurança e potencializou nossos resultados”. 

Outro caso de sucesso da quarta edição é a Caipora, um marketplace de exportação de bens e serviços que leva a moda e o design brasileiro para Londres. Para fazer parte da plataforma, as empresas precisam ter uma agenda de ESG bem definida, trabalhando com a sustentabilidade e com a ancestralidade.  Frederico Mahalem, um dos criadores da Caipora, busca facilitar a inserção de pequenas empresas no comércio internacional e investe na rastreabilidade das peças e em seu ativo cultural para conquistar mais clientes na Inglaterra, na Europa e nos Estados Unidos. “O design é fundamental para o sucesso da Caipora, para mostrar o valor de nossas peças e serviços. Fizemos toda a parte de identidade visual e de posicionamento do marketplace com apoio do Design Export e ficou sensacional. Os ingleses reconhecem o valor de nossa marca”, concluiu Frederico.  

Tema: Promoção Comercial — Atração de Investimentos Estrangeiros — Expansão Internacional
Mercado: Não especificado
Setor de Exportação: Outros
Setor de Investimento: Outros
Setor de serviços: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português

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