O Vietnã é um dos países que mais cresce na Ásia e pode ser o destino dos seus produtos. Baixe o Perfil País para entender como aproveitar as oportunidades desse mercado
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) continua ampliando seus estudos sobre os países da Ásia. Somente em 2023, já foram publicados Perfis sobre Índia, Japão, Coreia do Sul e China. Agora é a vez do Vietnã em nosso Perfil País. O Estudo traz dados macroeconômicos, detalha a corrente de comércio e informa oportunidades para empresas brasileiras.
Com uma população de mais de 98 milhões de habitantes, o Vietnã vem apresentando crescimento econômico expressivo, especialmente após a pandemia, com expansão do PIB de 8% em 2022 e expectativa de uma das maiores taxas de expansão econômica da região até 2027. Há também previsão de crescimento populacional e do aumento da migração para os centros urbanos, o que amplia o potencial e o número de oportunidades desse mercado consumidor para as empresas brasileiras.
Entre 2012 e 2022, o comércio bilateral entre os dois países praticamente sextuplicou, passando de US$ 1,6 bilhões para US$ 6,4 bilhões. A participação do Brasil nas importações vietnamitas, no entanto, é relativamente baixa, e as exportações brasileiras consistem, principalmente, em produtos de menor valor agregado, como soja, minério de ferro, além de insumos para as indústrias calçadista e de vestuário. Há, portanto, a necessidade de diversificação da pauta exportadora do Brasil, de forma a ampliar as vendas de bens de maior valor agregado.
Do ponto de vista das importações, o Vietnã tem se consolidado como um importante fornecedor para o Brasil. Em 2022, o país foi a principal origem das importações brasileiras do Sudeste Asiático. Foi, também, o principal fornecedor brasileiro de calçados, superando a China. Diante das exportações brasileiras de algodão e de couro para o mercado vietnamita, a importação de calçados e de fios têxteis pelo Brasil indica possível complementariedade econômica, entre ambos os países, nos setores de vestuários e de calçados
Acesso ao mercado
China, Coreia do Sul e Japão são os principais fornecedores do Vietnã. Em comum, os três fornecedores mantêm acordos bilaterais com a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e são membros da Parceria Regional Econômica Abrangente (RCEP), arranjos em que o Vietnã aparece como integrante. Por meio da Parceria Transpacífica (CPTPP), países da América Latina, como Chile, Peru e México, têm acesso privilegiado ao mercado vietnamita. Deve-se notar, também, que a baixa tarifa média ponderada (1,17%) do Vietnã é reflexo da vasta rede de acordos comerciais que o país possui com seus principais parceiros
Ainda em temas de acesso, nota-se a abertura recente do mercado do Vietnã para a exportação brasileira de carne de aves e suína (2016) e de farinhas de origem animal (2018). Contudo, o setor privado vem reportando à CNI barreiras comerciais às exportações de couro, em razão de requisitos sanitários específicos e da quarentena exigida na chegada ao país, aumentando o tempo e os custos de exportação.
Confira as oportunidades comerciais:
- Produtos alimentícios e animais vivos (destaques: farelos de soja, trigo e centeio, carnes de aves)
- Matérias em bruto, não comestíveis, exceto combustíveis (destaques: algodão em bruto, minério de ferro, soja)
- Artigos manufaturados (destaques: couro, papel e cartão, materiais de construção)
- Máquinas e equipamentos de transporte (destaques: máquinas e aparelhos elétricos, equipamentos de construção e equipamentos para distribuição de energia elétrica)
Investimentos:
Na parte de investimentos, o Banco Central não registrou anúncios recentes, mas o Brasil possui investimentos no Vietnã, com a expansão de empresas brasileiras para o país: a JBS Couros anunciou a expansão da sua planta em Ho Chi Minh em 2018, assim como a abertura de um showroom na mesma cidade em 2019, com investimentos de cerca de US$ 15 milhões. A Asia Shipping, empresa de logística e transporte com sede em Campinas, SP, também anunciou a abertura de um escritório de transporte de cargas, em dezembro de 2015, com um valor estimado de mais de US$ 43 milhões, e a criação de cerca de 200 postos de trabalho no país do sudeste asiático.
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