ApexBrasil investe mais de R$ 2,21 milhões para impulsionar exportações de empresas de Minais Gerais

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Convênio entre ApexBrasil e FIEMG capacitará 375 empresas no estado até 2024. Com núcleos em Belo Horizonte e Uberlândia, o objetivo é dar suporte para exportações de produtos com valor agregado

Minas Gerais é o segundo estado brasileiro que mais exporta. Conforme dados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, em 2021 os empreendimentos mineiros tiveram seu melhor resultado em comércio exterior da última década: com recorde de 45,1% de crescimento das exportações, foram US$ 38,1 bilhões gerados em receita para a balança comercial brasileira. Para potencializar esses resultados e agregar ainda mais valor à pauta exportadora, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Federação de Indústrias de Minas Gerais (FIEMG) atuam para inserir 375 empresas mineiras no mercado internacional. 

O convênio entre as duas instituições foi firmado em agosto  de 2021 e as operações começaram em dezembro. Suas ações são previstas até 2024. A parceria consiste na execução do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), da ApexBrasil, em dois núcleos, em Belo Horizonte e Uberlândia. O núcleo de BH pretende atender 175 empresas, com polos em Juiz de Fora e em Montes Claros, e o núcleo de Uberlândia foca nos municípios do Triângulo Mineiro com suporte para capacitar 125 empresas. Outras 75 empresas farão parte do PEIEX Agro.

O lançamento oficial dos núcleos foi realizado durante esta semana, para divulgar os trabalhos já estão iniciados e abertos às empresas.  Ao todo, foram investidos cerca de R$ 3,3 milhões, sendo R$ 2,2 milhões de recursos da ApexBrasil e R$ 1,1 milhão de contrapartida prevista da FIEMG, entidade que selecionada através de processo licitatório para executar o PEIEX.

O critério para que os empresários acessem o programa é que seu empreendimento seja ligado à indústria de transformação, isto é, trabalhe com manufaturados, e não possua ainda cultura exportadora. Essa característica do programa, como observa o vice-presidente da FIEMG, René Wakil, é fundamental para aumentar as vantagens das exportações mineiras e da região Sudeste como um todo.

“Minas Gerais é um grande exportador de commodities minerais e agrícolas. Isso é ótimo, mas precisamos também voltar nossa atenção para exportação de produtos industriais, que possuem maior valor agregado. O potencial nós temos, com indústrias fortes e criativas nos mais diversos setores. Precisamos explorá-lo com segurança e planejamento para exportação e a ApexBrasil é o parceiro ideal para isso. Já tivemos outras parcerias e temos diversos cases de sucesso”, diz Wakil.

Tecnologia

Em cerca de quatro meses de funcionamento, o PEIEX-MG já está atendendo 84 empresas nos dois núcleos, em diferentes setores. Uma delas, é a Shot Me, foodtech fundada em 2019 em Belo Horizonte. A empresa produz shots com 100% dos ingredientes naturais, como gengibre e limão, com propriedades funcionais, como melhorar o funcionamento do fígado, aumentar concentração, imunidade e energia para atividades físicas.

A Shot Me foi idealizada por Daniela Soltz na cozinha de sua casa, há alguns anos. Formada em Administração, Daniela havia acabado de voltar a morar no Brasil após uma temporada nos Estados Unidos, e procurava um ramo para empreender. Começou a estudar sobre alimentação saudável e produzir os shots, que passaram a fazer sucesso entre suas amigas. Em 2019, a produção ganhou ainda mais força quando seus dois sócios, Roberta Landi e Rafael Marra, entraram no negócio para ampliar a linha de produção.

Atualmente, eles possuem registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), atendem redes de supermercados de Minas Gerais e têm diversos clientes no esporte, como times de futebol. A fama dos shots chegou ao exterior e os sócios estão dedicados a se capacitarem com o PEIEX, para exportar de forma segura.

“Desde o começo vislumbramos exportar nossos produtos. Acreditamos em seu potencial, por serem inovadores, saudáveis e cumprirem o que propõem. Há uns meses, o primeiro cliente internacional nos procurou, um grupo da Alemanha, e sentimos necessidade de nos aperfeiçoarmos. Em poucos meses de PEIEX já aprendemos tanto que pretendemos fechar essa venda ainda esse ano. E a longo prazo, queremos exportar para os Estados Unidos e buscar ainda mais mercados”, conta Rafael Marra.

Em Uberlândia, o núcleo do PEIEX atende a Rei dos Alimentadores, startup fundada em 2020 com foco em tecnologia para controlar alimentação de animais, com sistema mecânico de precisão e motor que aciona a alimentação em tempos pré-determinados pelos criadores. “Isso é interessante porque a questão de alimentação de animais toma 40% do tempo dos médios e pequenos produtores no meio rural. Com a automatização, os produtores ficam livres para outras atividades”, explica o diretor da empresa, Jefferson Magalhães.

O foco de Jefferson é conseguir exportar para clientes que já entraram em contato, da Bélgica, Portugal, Argentina e Colômbia. O diretor conta que esperou para ter a capacitação e conseguir exportar de forma direta, garantindo maior rentabilidade e segurança.     

Segurança

Também em Uberlândia, a empresa familiar M&A Engenharia já exporta para seis países e buscou o núcleo do PEIEX para consolidar sua inserção internacional de forma segura. Com 12 anos de atuação no mercado, o principal produto da M&A é a máquina contrapeso para balanceamento de roda automotiva e roda de caminhão.

Exportam para Paraguai, Argentina, Costa Rica, Colômbia e Equador de forma indireta, por intermédio de empresas exportadoras, e recentemente exportaram pela primeira vez de forma direta para a Argélia. 

“Com essa venda para Argélia, surgiu a necessidade de aprender sobre as operações de comércio exterior e o interesse em estudar novos mercados. Participar da capacitação do PEIEX é importante por isso”, destaca o sócio fundador Nicanor Antônio da Silva.

Em Belo Horizonte, as sócias da Laab acessórios, Natália Neves e Camila Marcatte, procuraram o atendimento do núcleo pelo mesmo motivo. A Laab foi fundada em 2019 e passou por processo de reformulação durante a pandemia. “Começamos com semijoias, mas tivemos dificuldades com fornecimento de matéria-prima durante a pandemia. Assim, passamos a produzir joias handmade com pedras originárias do nosso país. E tem sido um sucesso”, conta Natalia.

O sucesso é tanto que um comprador dos Estados Unidos conheceu os acessórios nas redes sociais e fez uma encomenda em 2020. Foi a primeira venda internacional da Laab. “Foi muito desafiador. Aceitamos o pedido antes de saber como seria o envio e tivemos muitas dificuldades. Foi aí que procuramos a FIEMG, eu nos sugeriu participarmos do PEIEX.. Estamos aprendendo, principalmente sobre contratos internacionais, e com isso já estamos fechando negócio com uma cliente de Portugal”, acrescenta a sócia.

PEIEX AGRO

Essa não é a primeira vez do PEIEX no estado. Ele já é executado há 12 anos em solo mineiro, em diferentes núcleos bienais, e já capacitou mais de 4 mil empresas.  No atual núcleo (2021-2024), entretanto, o programa atua com mudanças em sua metodologia, aplicadas pela ApexBrasil para aprimorar seus resultados.  “Uma novidade do PEIEX em MG são os polos e as vagas destinadas especialmente a produções de agronegócios, que chamamos de PEIEX Agro. A partir de nossos estudos de mercado e demais análises do setor de Inteligência, observamos o potencial mineiro para exportação de cafés especiais, cachaça e lácteos. Assim, destinamos vagas dos núcleos do PEIEX em BH e Uberlândia exclusivamente para produtores desses segmentos”, explica o analista da ApexBrasil e gestor do PEIEX MG, Ulisses Medeiros.

Com o PEIEX Agro, 75 empresas de transformação de agronegócios serão capacitadas, sendo 25 vagas destinadas para produtores de cafés especiais, 25 para cachaça e 25 para segmento de lácteos.

Uma das indústrias de cachaça atendidas é a Destilaria Sagrada, de Bom Jesus do Amparo, a cerca de 3km de Belo Horizonte. No mercado desde 2017, vende para diferentes regiões brasileiras, mas ainda não exporta. “Criamos a empresa com intenção de exportar. Chegamos a participar do núcleo do PEIEX em Minas Gerais em 2019, estávamos fechando vendas para Itália, mas a pandemia prejudicou o negócio. Queremos retomar e ampliar o mercado. Justamente por ter aprendido muito da outra vez, procuramos o núcleo de novo”, explica o sócio da destilaria Gilberto Pereira.

O atendimento de cafés especiais se estenderá ainda para todas as regiões do país. E o de cachaça, em parceria com o Instituo Brasileiro de Cachaça, para todos os estados do Sudeste.

Como participar do PEIEX MG

Para ter mais informações sobre os núcleos de Minas Gerais, em Belo Horizonte e Uberlândia, deve-se entrar em contato através do e-mail peiex@fiemg.com.br ou do telefone (31) 3263-4718.

Sobre a FIEMG

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) representa o setor industrial do estado de Minas Gerais e atua na defesa de seus interesses local e nacionalmente. A instituição oferece às empresas mineiras assessoria e apoio em áreas vitais como crédito e financiamento, tributária, meio ambiente e trabalhista. A FIEMG trabalha para que a indústria mineira se torne cada vez mais competitiva, inovadora e sustentável, capaz de gerar novos negócios, riqueza e desenvolvimento. Uma indústria que se destaque no Brasil e no exterior, e que seja o motor para o crescimento econômico e social de todo o estado de Minas Gerais.

É por meio de suas áreas de negócios e das entidades que a compõem que a FIEMG atende as demandas da indústria e da sociedade. Fazem parte da composição da federação as seguintes entidades: Centro Industrial e Empresarial de Minas Gerais (CIEMG), Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). Juntas, essas empresas oferecem à indústria mineira estratégias para o desenvolvimento industrial e formação da força de trabalho, inclusive preparando novas gerações para a indústria do futuro.

Sobre a ApexBrasil

A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência apoia atualmente cerca de 15.000 empresas em 80 setores da economia brasileira.

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