Corporate Venture in Brasil fecha 7ª edição com recorde de 800 participantes, 630 reuniões de negócio e presença de 26 corporações internacionais

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Evento ocorreu de 23 a 25 de outubro, em São Paulo, e reuniu investidores internacionais interessados no ecossistema de inovação do Brasil. Na ocasião, a segunda edição do Woman in Venture teve participação de mais de 100 investidoras

Corporate Venture Capital (CVC) é a modalidade de investimento por meio da qual grandes corporações investem diretamente em startups e empresas inovadoras ou em fundos que realizam a gestão da operação de venture capital. Por meio do Corporate Venture in Brasil (CV in Brasil), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Global Corporate Venturing (GCV), promove o maior encontro da América Latina dedicado a essa modalidade. A 7ª edição do evento ocorreu nesta semana, de 23 a 25 de outubro, em São Paulo, e teve números recordes: foram cerca de 800 participantes, 630 reuniões de negócio e presença de fundos de investimentos de 26 corporações internacionais diretamente atendidos pelas equipes da ApexBrasil e Associação Brasileira de Private Equity e Venutre Capital – ABVCAP, além de dezenas de brasileiras.

A inciativa visa o desenvolvimento da indústria e do ecossistema de venture capital brasileiro por meio da expansão de fundos de CVC no país, promovendo encontros, workshops, reuniões de negócio, mesas redondas, painéis, networking, e trocas de experiências entre corporações brasileiras e estrangeiras trabalhando com inovação aberta e venture capital.

“Com encontros como esse, a ApexBrasil busca o desenvolvimento da indústria e do ecossistema de venture capital brasileiro por meio da expansão de fundos Corporates Internacionais no país, além de estimular o desenvolvimento de atividades empresariais corporativas, de inovação aberta e de investimentos por parte de empresas brasileiras”, disse o diretor de Gestão Corporativa, Floriano Pesaro, durante a abertura do evento. “Nesta edição, aprofundamos a pauta de sustentabilidade, com foco em temas como diversidade, ESG e impacto, sem deixar de abordar a inserção das mulheres em investimentos de venture capital.”, reforçou.

Ao longo de dois dias, os painéis, debates e apresentações abordaram diferentes temas como: perspectivas dos investidores internacionais, contabilidade de ativos aplicada a CVCs, recrutamento e retenção de talentos, integração de novos modelos de negócios com a corporação e seus clientes, implementação da abordagem de CVC, realização de novos investimentos no Brasil e exterior,

entre muitos outros assuntos. A edição de 2023 destacou conteúdo mais técnico e aprofundado quando comparado ao das edições anteriores, refletindo a evolução do mercado de CVC brasileiro que segue em ampla sofisticação e já acumula muitos cases, aprendizados e evoluções para compartilhar.

A agenda teve ainda quatro workshops exclusivos sobre melhores práticas e implantação de um CVC, Health Tech, Mineração do futuro e sobre construção de estratégias de Corporate Venture Capital e Corporate Venture Building de Impacto e ESG. Na ocasião, startups brasileiras, japonesas, israelenses e singapurianas atendidas pela ApexBrasil tiveram a oportunidade de apresentar suas inovações por meio das sessões de pitch e de conversas aprofundadas com dezenas de corporações ao longo de reuniões privadas de negócios.

A Conferência contou com a presença de corporações dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Canadá, Guatemala, México, Argentina, Chile e Uruguai, além do Brasil, que participaram da agenda e compartilharam suas experiências no universo de CVC.

Os 26 fundos de corporações internacionais participantes foram: AC Ventures; ADM Ventures; Banco del Estado de Chile; Banco Galicia (Galicia Ventures); BASF Venture Capital; BAT (Btomorrow Ventures); CITES – GSS; CMI; Cyber Agent Capital; Evonik Venture Capital Brazil; Globant Ventures; Grupo FV (FVC); Japan Post Silicon Valley Office; Kamay Ventures; Mitsubishi Minerals; Niterra Group (Venture Lab, MOVA); NOVA Saint-Gobain; OiKo Credit; Porsche Ventures & Porsche Digital; Sancor; Seguros Ventures; Sumitomo Corporation of Brazil; Techint Group (TechEnergy Ventures); Thomson Reuters Ventures (TR Ventures); Toyota Ventures; Vista Equity (VX Ventures); e Wayra Hispam.

2º Women in Venture

Pela segunda vez, o CV in Brasil realizou, durante a pré-conferência, o encontro “Women in Venture”. Neste ano, o dobro de líderes mulheres da indústria de venture capital e inovação participaram da iniciativa. Foram mais de 140 mulheres que se reuniram para falar sobre desafios e oportunidades no universo de inovação aberta e Corporate Venture Capital. A sessão teve presença de nomes de peso da indústria de investimentos, como Tamara Steffens, da Thompson Reuters Ventures, Raquel Teixeira, da EY, e Patrícia Moraes, da Unbox Capital, além de sessões de pitch de startups lideradas por mulheres e um almoço exclusivo para relacionamento entre as participantes.

A pauta sobre presença feminina no mercado internacional tem sido prioritária para a ApexBrasil desde a assinatura do compromisso de equidade de

gênero e do lançamento do programa Mulheres e Negócios Internacionais (MNI), realizados no primeiro semestre.

Premiação Corporate Venture in Brasil 2023

Na quarta-feira (25), o evento encerrou com a 2ª edição da premiação “Corporate Venture in Brasil Awards”, quando corporações brasileiras que atuam com Corporate Venture Capital são reconhecidas nas seguintes categorias: Largest Investment; Most active CVC (Number of Deals); Largest Exit; e Largest Fundraising Announcement. O prêmio é uma inciativa da ApexBrasil, ABVCAP e GCV, contando com amplo esforço de mapeamento de dados (desk research) de mercado por parte do EloGroup, e colaboração do Sling Hub e Fundação Dom Cabral. Os dados coletados contemplaram a atividade de mais de 100 corporações brasileiras no período de 12 meses (1º de julho de 2022 e 30 de junho de 2023). As informações do primeiro semestre de 2023 serão aproveitadas para consolidar a pesquisa mundial do GCV sobre a atividade de CVC no ano de 2023, que deve ser lançada no 1º trimestre de 2024.

O resultado da premiação de 2023 refletiu a sofisticação do mercado brasileiro de CVC, destacando, ao final, seis ganhadores dentre as quatro categorias. Chamou a atenção do Comitê Organizador da premiação 2023 a constatação do modelo de Corporate Venturing Debt como um dos ganhadores (SRM Ventures), uma tendência emergente no mundo em contraposição ao modelo tradicional de CVC via equity (reconhecido na atuação do Inovabra Ventures). A presença de saídas expressivas, com participações da B3 S.A (PISMO) e Bradesco (Semantix), incluindo caso de abertura de capital, assim como os altos valores das transações/anúncios constatados, a exemplo do fundo anunciado pela Oxygea e volume investido na Digibee com a participação da Kinea Ventures, foram outros destaques.

Confira as vencedoras:

Largest Investment / Maior Investimento

Kinea Ventures – Digibee

Most Active CVC (Number of Deals) / CVC Mais Ativo (Número de Deals), duas atuações reconhecidas:

SRM Ventures – 13 Deals

Inovabra Ventures – 7 Deals

Largest Fundraising Annoucement / Maior Alocação de Capital Anunciada

Oxygea

Largest Exit / Maior Saída, duas atuações reconhecidas:

Inovabra Ventures – Semantix

B3 S.A. – PISMO

CVC no Brasil e no mundo

O Brasil segue na liderança do ecossistema de CVC na América Latina, tornando-se exemplo para os países vizinhos. “Isso tem chamado atenção das grandes corporações e fundos de investimento nacionais e estrangeiros”, disse Floriano Pesaro, durante o evento, reforçando palavras já ditas pelo presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, que destacou que: “o Brasil virou referência de país inovador, com soluções tecnológicas escaláveis em diversos segmentos de mercado que despertam interesse internacional, além de fomentar a indústria nacional”.

Dados da pesquisa World of Corporate Venturing 2023 do GCV, mostram que o Brasil está entre os Top 10 do ranqueamento de países com maior quantidade de transações (deas) de CVC, sendo o primeiro país latino-americano a entrar nessa lista que relaciona dados desde 2011. Ademais, de acordo com o a edição de 2023 do “Global Innovation Index” , publicada no final de setembro, o Brasil agora está posicionado como a economia mais inovadora da América Latina. Segundo a publicação, o país obteve um significativo avanço no cenário global de inovação, subindo cinco posições no ranking e ultrapassando o Chile, tradicional líder regional.

Segundo dados da pesquisa brasileira realizada pela ABVCAP e GCV, em 2022, o mercado de Venture Capital nacional passou por um ajuste, com diminuição no ritmo de investimentos, aumento de ciclo de avaliação de startups e readequação dos valores e das rodadas de investimento. No entanto, o crescimento de mercado de CVC não foi abalado, pelo contrário, demonstrou aumento de interesse, com 13 empresas listadas lançando seus fundos e anunciando R$ 3,04 bilhões de reais em capital comprometido para o mercado.

Como mostram os números, a modalidade está em franco crescimento no país e no mundo. Segundo levantamento realizado pela ApexBrasil, entre 2016 e 2021, houve um salto de 800% no número de corporações investindo dessa forma no Brasil, passando de 13 para 104, com novos entrantes a cada ano, a exemplo de vários anúncios em 2022 e 2023. No mundo todo, de acordo com dados do GCV na publicação World of Corporate Venturing, em 2011, eram 356 fundos de CVC ativos e, em 2022, esse número havia saltado para 2.604 fundos únicos e novos entrantes no mesmo ano, totalizando 7.019 Corporações únicas investindo via CVC no mundo entre o período de 2011 e 2022.

Sobre o CV in Brasil

Segundo a Gerência de Investimentos da ApexBrasil, o CV in Brasil já atraiu mais de US$ 550 milhões em novos investimentos de CVCs internacionais para startups e fundos brasileiros. Os acordos da edição de 2022 movimentaram recursos na ordem de US$ 50 milhões. O CEO do Global Corporate Venturing, James Mawson avaliou o momento recente do mercado brasileiro, destacando que “o ciclo das taxas de juros mudou a direção, apresentando cortes nos últimos meses. Assim, se espera que a confiança para novos investimentos regresse gradualmente por parte dos investidores de venture capital e isso deve propiciar maior atividade de novos negócios (aportes) e saídas (desinvestimentos) com preços mais atrativos.”

James Mawson complementa que “uma nova fronteira a ser observada é a atividade de novos veículos de investimentos de CVC formados por startups que no passado receberam investimentos de outras corporações, como o exemplo de êxito da Movile com o iFood”. Mawson compartilha ainda que “a pesquisa anual do GCV revela que o Brasil, apesar de apresentar uma atividade e expansão de CVC mais recente, representa o mercado mais sofisticado de CVC do mundo, já que a grande maioria dos investidores corporativos aqui utiliza veículos regulados e estruturados de investimentos, os FIPs, para viabilizar e gerenciar suas estratégias de investimentos em empreendedorismo corporativo (Corporate Venturing), o que não é comum de se observar em outros mercados.”

Realizado desde 2015, o CV in Brasil é uma oportunidade para que grandes corporações e empresas investidoras dialoguem com fundos de capital empreendedor em fase de levantamento de recursos, e com empresas e startups inovadoras. Além disso, proporciona espaço para exposição de melhores práticas e estudos de caso do ecossistema brasileiro de inovação e de investimentos globais em tecnologia.

A próxima edição será em outubro de 2024 e os preparativos começam desde já.

Tema: Atração de Investimentos Estrangeiros
Mercado: Não especificado
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Venture Capital e Private Equity — Outros — Serviços de Tecnologia
Setor de serviços: Não se aplica

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