Escritório da ApexBrasil e Embaixada nos EAU auxiliam exportadores brasileiros a prosperar no Oriente Médio

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Se fosse um país, a região seria o terceiro maior destino das exportações brasileiras, atrás apenas de China e EUA. Para consolidar, e ampliar, essa presença brasileira no mercado, a ApexBrasil e o MRE têm representações locais que dão suporte aos empresários

Quando se trata de apoio ao exportador brasileiro, os Emirados Árabes Unidos (EAU) são destaque. Além de contar com um setor de promoção comercial da Embaixada do Brasil, em Abu Dhabi, a confederação de monarquias também é sede de um Escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Dubai. Atuando em parceria, as representações oferecem diversos serviços que visam facilitar as vendas dos produtos brasileiros na região.

O Escritório da ApexBrasil (EA) em Dubai foi um dos primeiros criados pela Agência, em 2006, e cobre todo o Oriente Médio, o Norte da África e, desde 2022, também a Índia. A localização é estratégica, já que os EAU são um entreposto logístico, funcionando como uma plataforma de reexportação para toda a região. Altamente dependentes de importações, principalmente de alimentos, bebidas e produtos do agronegócio, esses mercados têm crescente participação nas exportações brasileiras.

Só em 2022, após um crescimento de 42% em relação ao ano anterior, o Brasil exportou mais de US$ 17 bilhões para o Oriente Médio. Se fosse um país, seria o terceiro principal destino brasileiro, atrás apenas de China e EUA. Quando incluídos os países do norte da África, o valor chega a quase US$ 24 bilhões. Desse total, cerca de 60% concentram-se em alimentos, especialmente carne de aves, milho, soja e açúcares.

Segundo a Chefe do Escritório da ApexBrasil em Dubai, Tatiana Riera, o desafio é justamente diversificar a pauta exportadora, ainda muito concentrada em commodities. “Nosso objetivo é trazer cada vez mais produtos com valor agregado para esse mercado”, destaca Riera. Com esse intuito, o EA realiza atividades de inteligência comercial, relacionamento com parceiros locais e matchmaking com potenciais importadores, acessíveis para todos os empresários brasileiros que já exportam ou interessados em exportar para a região.

Nos últimos anos, o EA já desenvolveu iniciativas com diversos setores, desde alimentos como café e proteína animal, passando por material genético bovino, etanol e até produtos da indústria de defesa, da indústria de cosméticos e apoio ao ecossistema de inovação e startups. A equipe está atenta às oportunidades e tendências de mercado, identificando potenciais compradores para as empresas brasileiras. “O objetivo da Apex em ter um escritório na região é justamente mapear as necessidades do mercado, interagindo com as embaixadas e com interlocutores locais, e sobretudo estarmos próximos dos compradores e sermos ágeis da identificação de oportunidades para as empresas brasileiras”, relata Riera.

A parceria com a Embaixada em Abu Dhabi também é fundamental para garantir o êxito das exportações brasileiras, já que a representação diplomática é responsável pela interlocução com o governo local. De acordo com a Encarregada de Negócios da Embaixada, Embaixadora Eliana Zugaib, a relação entre as diferentes instituições brasileiras que atuam nos EAU é complementar na hora de detectar os principais nichos de mercado. “Ao trabalharmos em coordenação, os resultados são muito mais concretos e promissores”, celebra a Embaixadora.

Gulfood 2023

A participação em feiras e missões comerciais no Oriente Médio, com intuito de representar o Brasil e identificar oportunidades para os exportadores brasileiros, também faz parte das atividades das instituições sediadas nos Emirados Árabes Unidos. Em fevereiro, por exemplo, a Embaixadora Eliana Zugaib e Tatiana Riera realizaram a cerimônia de abertura dos pavilhões da Agência na 28ª Gulfood, a maior feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio. O evento reúne compradores do mundo todo, e tem se posicionado cada vez mais como uma das mais importantes feiras internacionais.

No total, 105 empresas apoiadas pela ApexBrasil participaram do evento, e fecharam cerca de US$ 300 milhões em negócios imediatos no local (e ainda vislumbram mais de US$ 1,5 bilhão nos próximos 12 meses). Logo após a feira, o EA Dubai liderou, ainda, uma missão comercial para a Arábia Saudita, em que empresas que participaram da Gulfood puderam maximizar as oportunidades de vendas na região.

Relação de Confiança

Na cultura árabe, a confiabilidade é um fator-chave para o estabelecimento de relações comerciais. Os importadores testam seus fornecedores a fim de garantir que não apenas estão adquirindo um produto de qualidade e com preço justo, mas que também podem contar com aquele vendedor para abastecer a demanda. Por isso, os exportadores brasileiros precisam planejar de forma estratégica a entrada nesses mercados. 

Tatiana Riera lembra que exportar apenas o excedente de produção, de forma inconstante, não é uma opção quando o objetivo é conquistar mercados no Oriente Médio e no Norte da África. “Se as empresas brasileiras trabalharem a exportação apenas com o excedente de produção, a gente não vai conseguir nunca atender o mercado de forma regular. Porque pode ser que hoje haja excedente, mas amanhã não. E, nesse sentido, o comprador não vai considerar o exportador brasileiro um fornecedor confiável, porque ele tem uma demanda fixa”, alerta.

Com a pandemia, quando as cadeias logísticas do comércio internacional sofreram fortes abalos, o Brasil conseguiu manter as exportações e os portos abertos, de modo que passou a ser visto como um fornecedor confiável no Oriente Médio em diversos setores. Um deles foi o de carnes de aves, que conquistou grandes fatias de mercado na região durante esse período.

Foi assim que, em 2022, o Oriente Médio se tornou o principal destino das exportações brasileiras de frango, representando um terço do total exportado pelo país. Só os Emirados Árabes Unidos, segundo maior destino desses produtos, corresponderam a mais de 10% das vendas globais brasileiras, atrás apenas da China. Adaptado às especificidades desses mercados, hoje o Brasil já é o maior fornecedor de frango halal do mundo.

Tema: Promoção Comercial — Atração de Investimentos Estrangeiros — Expansão Internacional
Mercado: Oriente Médio
Setor de Exportação: Alimentos, Bebidas e Agronegócios — Máquinas e Equipamentos — Casa e Construção — Economia Criativa — Moda — Saúde — Tecnologia da Informação e Comunicação
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços:

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