Mel e própolis nacionais movimentam mais de R$ 12 milhões em negócios durante a 8ª rodada do Exporta Mais Brasil

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Programa da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (ApexBrasil) trouxe compradores internacionais para se reunirem com empresários do setor apícola em São Paulo

Os resultados da 8ª rodada do Programa Exporta Mais Brasil, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em São Paulo, mostram que o setor apícola nacional segue pujante e promissor. Entre os dias 24 e 25 de outubro, foram gerados mais de R$ 12,2 milhões em vendas imediatas e contratos para os próximos 12 meses, a partir de 146 reuniões de negócios entre 25 empresas do segmento e sete compradores internacionais vindos da Alemanha, China, Singapura e Suíça. Desde agosto, o Exporta Mais Brasil tem se aproximado de diferentes setores produtivos, buscando uma aproximação ativa com todas as regiões brasileiras para potencializar suas exportações. 

A 8ª rodada do programa foi inaugurada no dia 23 de outubro pelos Diálogos Exporta Mais Brasil, na sede do Sebrae SP. Marcaram presença o diretor de Gestão Corporativa da ApexBrasil, Floriano Pesaro; o superintendente do Sebrae SP, Nelson Harvey Costa; o presidente da SP Negócios, Aloysio Nunes; e os deputados federais Jonas Donizette (PSB-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP), além de outras autoridades e parlamentares. “Para essa rodada vieram sete compradores, que se reuniram com 25 produtores de mel de várias regiões do Brasil. Essa é a determinação do presidente da nossa Agência, Jorge Viana, e a orientação do governo Lula e Alckmin: promover o desenvolvimento do país como um todo, gerando negócios internacionais a partir das pequenas e médias empresas, desta vez no setor de mel. É a ApexBrasil cumprindo o seu papel!”, comemorou Pesaro.   

Também durante a abertura, o superintendente do Sebrae SP, Nelson Hervey Costa, ressaltou o papel da instituição para a capacitação dos pequenos produtores rurais. “A gente precisa mostrar cada vez mais para o pequeno empreendedor que o mercado brasileiro, embora gigantesco, não é o único mercado que ele pode acessar. Talvez seja essa grande mensagem para trazermos aqui e é isso que a SP Negócios tem feito na cidade e é isso que estamos construindo junto com a ApexBrasil e o governo do estado de São Paulo”, destacou Costa. 

A inauguração da 8ª rodada do Exporta Mais Brasil contou, ainda, com uma mensagem de boas-vindas do vice-presidente Geraldo Alckmin, em vídeo exibido durante a cerimônia. "Essa é uma ideia objetiva e de resultados concretos: trazer compradores internacionais para conhecerem pequenos e médios produtores e empresários brasileiros que, de outra forma, teriam dificuldade em acessar o mercado lá fora. É a aceleração da exportação que gera melhores empregos e rendas”, sinalizou Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). 

Mulheres e Negócios Internacionais

Durante os Diálogos Exporta Mais Brasil, houve também um painel sobre as oportunidades e os desafios do comércio exterior, com foco na participação de lideranças femininas nos negócios internacionais. O diálogo foi mediado pela coordenadora de Agronegócio da ApexBrasil, Paula Soares, e contou também com participação da presidenta da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (ABEMEL), Andresa Berretta; da CEO da Rede Mulher Empreendedora (RME), Celia Kano; da presidente da Organização Brasileira de Mulheres Empresárias (OBME); Lilian Schiavo, e da representante da Soul Brasil, Letícia Federsen.

“Ascender a posições de lideranças já é um desafio para as mulheres em nível nacional. Imagina em âmbito internacional? É por isso também que estamos aqui, nessa missão tão importante”, sublinhou Paula Soares, em referência ao programa Mulheres e Negócios Internacionais, da ApexBrasil, que busca fomentar e qualificar a presença feminina no comércio exterior. Celia Kano, da RME, destacou as mentorias e as conexões de negócios feitas junto a empreendedoras de todo o Brasil. “Nos últimos anos, a gente também vem trabalhando com o que a chamamos de micro doações, onde fazemos doações que variam entre mil e 10 mil reais, especialmente para mulheres em situações de vulnerabilidade social. Nos últimos três anos, já colocamos 40 milhões de reais nestas micro doações”, exemplificou a empreendedora, chamando a atenção para a importância de atuar em rede.

Para o setor de mel, em especial, as atividades da 8ª rodada do Exporta Mais Brasil buscaram mostrar as possibilidades da exportação para produtores que ainda atuam apenas no mercado interno. Durante o debate, a presidenta da ABEMEL Andresa Berretta lembrou que hoje as grandes empresas são responsáveis por 80% das exportações de mel e própolis do Brasil. Mas o foco de atuação, avalia, deve ir além disso. O consumo de mel no Brasil é muito baixo – em 2022, foi de 42g per capita, enquanto nos EUA e na Alemanha esse volume é de mais de 800g per capita, por exemplo – e a CEO aponta espaço para fortalecer o mercado consumidor interno. “Para que a gente atinja a cadeia toda e faça chegar o dinheiro lá para o apicultor, fortalecer as exportações e ampliar mercados é essencial”, ressaltou.

Programação

A arregimentação das empresas foi feita com o apoio da ABEMEL, parceira da Agência na execução do projeto setorial Brazil Let’s Bee (2010-2015), cuja renovação está em negociação para o biênio 2024-2025. As participantes das rodadas de negócios vieram do Sul, Sudeste, Nordeste e Norte do país, e quase metade delas têm mulheres em cargos de liderança. Oito são egressas do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX) da ApexBrasil e estão iniciando sua jornada exportadora. Outras já têm expertise em comércio exterior – a exemplo da Apis Nativa, que vende regularmente para países como China e Alemanha e coleciona no portfólio premiações importantes, como o de melhor mel orgânico do Brasil. 

“A minha última reunião de negócios foi bem interessante; a pessoa, além de ser um player, é um influencer. E ele ficou impressionado em saber que o Brasil ganhou, diversas vezes, o título de melhor mel do mundo. Essa é uma informação extremamente relevante e importante, e tem que chegar lá para os clientes e potenciais consumidores chineses, para eles conhecerem o mel brasileiro, porque eles não têm essa referência ainda”, destacou o diretor da Apis Nativa, Tarsiano Santos, que representou a produtora nas rodadas de negócios do Exporta Mais Brasil. A empresa é também a maior exportadora brasileira de mel dos últimos 15 anos.

Além das rodadas de negócios com as 25 empresas do setor apícola, os compradores internacionais fizeram visitas técnicas à cooperativa Associação Paulista dos Técnicos Apícolas (Coapis), em Sorocaba, e às produtoras Fazenda Novo Mel, em Cotia, e A Realeira, em Botucatu. Nesta cidade, o grupo participou também da feira Brasil Honey Show. Esta foi a 2a edição do evento, que teve como objetivo incentivar a profissionalização e a capacitação dos profissionais da cadeia apícola, demonstrando também como agregar valor aos produtos. 

O setor apícola brasileiro  

No Brasil, a cadeia produtiva apícola se destaca como uma fonte alternativa sustentável de emprego e renda, especialmente para pequenos produtores: dados do IBGE apontam que 82% dos mais de 100 mil apicultores brasileiros produzem em contexto de agricultura familiar. A atividade pode ser desenvolvida em todas as regiões do país, devido à sua flora diversificada, à sua extensão territorial e à variabilidade climática, favorecendo a produção de mel o ano todo.   

Além disso, o Brasil é grande produtor de mel orgânico, em razão de seu alto percentual de áreas preservadas. Atualmente, nenhum outro país tem o potencial de oferecer mel orgânico como o brasileiro. O Nordeste, em particular, é responsável pela grande maioria do produto orgânico que é produzido e exportado pelo país. Ainda segundo o IBGE, mais de 90% dos estabelecimentos com apicultura no Nordeste brasileiro estão no Semiárido, mais especificamente nos estados do Piauí, Bahia e Ceará  

O Brasil hoje se posiciona em décimo primeiro lugar mundial na produção de mel, com cerca de 42 mil toneladas, atrás somente da China e da Turquia. Sobre vendas externas, segundo dados da ABEMEL, em 2022, o Brasil exportou US$ 137,9 milhões de mel.  Os Estados Unidos foram de longe o principal destino do produto (76%), seguidos por Alemanha (10%) e Austrália (8%). Um dos desafios do setor reside justamente em ampliar e diversificar os mercados para o produto, especialmente para o mel a granel (em tambores), valendo-se também de um aumento na demanda por produtos naturais e saudáveis a nível mundial.  

Nos últimos anos, o setor tem assistido a um crescimento substancial de suas exportações. Entre 2013 e 2022, as vendas ao mercado externo passaram de 16,1 mil para 36,8 mil toneladas exportadas, um aumento de 128%. O auge desse aumento aconteceu em 2020 e 2021, durante a pandemia da covid-19, beneficiado pela tradicional associação do mel com a imunidade e a promoção da saúde. Entre os tipos de méis exportados, o orgânico é o carro-chefe.

Exporta Mais Brasil  

Com o slogan “Rodando o país para as nossas empresas ganharem o mundo”, o Exporta Mais Brasil busca uma aproximação ativa com todas as regiões do país para potencializar suas exportações. Dessa forma, empresas brasileiras têm a oportunidade de se reunir com compradores internacionais que vêm ao país em busca de produtos e serviços ligados a setores específicos, como móveis, rochas ornamentais, pescados, cervejas artesanais e calçados. Até o final do ano, Exporta Mais Brasil terá completado 13 rodadas dedicadas a 13 diferentes setores, em 13 estados brasileiros.  Acesse para ver as próximas rodadas.

 

Tema: Promoção Comercial
Mercado: Não se aplica
Setor de Exportação: Alimentos, Bebidas e Agronegócios
Setor de Investimento: Outros
Setor de serviços:
Idioma de Publicação: Português

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