Durante a BFSHOW, 38 compradores internacionais se reuniram com mais de 130 marcas nacionais de calçados para fazer negócios. Com mais esta rodada, o Exporta Mais Brasil alcança quase R$ 200 milhões em negócios ao promover 10 diferentes setores da economia do país
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) concluiu mais uma rodada do programa Exporta Mais Brasil. Dedicada ao setor calçadista, a 10ª rodada do programa promoveu reuniões de negócios entre 38 compradores internacionais e 79 empresas representantes de mais de 130 marcas nacionais que resultaram em R$ 25,6 milhões de reais em negócios. Os encontros ocorreram entre 21 e 24 de novembro, em Porto Alegre/RS, no âmbito da Brazilian Footwear Show (BFSHOW), feira internacional de calçados organizada pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), parceira da ApexBrasil no projeto setorial Brazilian Footwear.
“A cadeia produtiva calçadista emprega muito, expõe o Brasil positivamente lá fora e é fruto do talento das pessoas”, disse o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, que esteve presente na abertura do evento, dia 21. “Trouxemos compradores internacionais de diversos países para ver o que o Brasil está fazendo de melhor e para fazerem negócios diretamente com as nossas melhores marcas”, afirmou Viana. “Somos o maior produtor de calçados da América Latina e o maior do Ocidente. E temos potencial para voltarmos a ser um dos três maiores produtores de calçados do mundo”, complementou.
A cerimônia de abertura da feira contou também com a presença do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que reforçou a importância do apoio da ApexBrasil ao setor. ““Tenho certeza que vamos ter muito êxito em proporcionar melhores condições de exportação, ajudar aqueles que nunca exportaram a fazer uma primeira iniciativa de exportação, fortalecer a nossa marca, e enfim, todos os benefícios que vêm com esse trabalho da ApexBrasil”, disse o governador, que participou, ao lado de Jorge Viana e do presidente da Abicalçados, Haroldo Ferreira, da assinatura do protocolo de manifestação de compromisso da renovação do convênio entre as duas entidades para o biênio 2024-2025 do projeto setorial Brazilian Footwear.
O potencial dos calçados brasileiros
Design, inovação, qualidade e sustentabilidade são caraterísticas dos calçados brasileiros que chamaram a atenção dos compradores internacionais de 11 países que participaram desta rodada do Exporta Mais Brasil, entre eles Rússia, Portugal, Polônia, Reino Unido, Colômbia, Bolívia, Estados Unidos, Austrália, Equador, Emirados Árabes Unidos e República Dominicana.
“Viemos da Rússia, temos uma empresa líder no setor de calçados e estamos em busca de parceiros”, nos contou Anastasia Orcova, da empresa Russa Ekonika. “Para nós foi muito interessante estar na BFSHOW e ver a inovação dos produtos, fazer levantamento de preços e ver todos os looks disponíveis. Acho que vamos sair daqui com uma nova coleção de verão”, afirmou Sergey Mansyshev, também da Ekonika.
A importadora portuguesa, Elisabete Barboa, da empresa Marmistone, ficou encantada com o bom gosto do design brasileiro. “Me chamou a atenção a beleza dos produtos, a inovação e a qualidade do couro, que para nós precisa vir de uma cadeia sustentável”, afirmou. “Em Portugal, assim como no mundo todo, estamos cada vez mais atentos à questão da sustentabilidade nos produtos que consumimos”, afirmou.
Também de Portugal, Felipe Parodi, da empresa Parodishoes, disse o mesmo sobre a importância da sustentabilidade no processo produtivo. “Fechamos negócios com uma empresa que recicla plásticos encontrados nos oceanos”, disse o importador. “Estamos levando amostras, vamos visitar nossos clientes e esperamos fazer ainda mais negócios”, afirmou. Ele explica que já comprou do Brasil antes, mas que com esta experiência de vir pessoalmente à feira foi possível encontrar produtos diferenciados, com design e inovação, e com uma cadeia produtiva difícil de encontrar em outros mercados. “Uma experiência muito positiva e tenho certeza de que vamos fazer bons negócios para ambas as partes”, afirmou Felipe.
Selo Origem Sustentável
A Wirth é uma das marcas brasileiras que fechou negócios durante as rodadas do Exporta Mais Brasil em Porto Alegre. Experiente com o comércio exterior, o diretor da empresa, Maurício Wendling, conta que a Wirth, desde sua fundação, em 1948, esteve comprometida com práticas sustentáveis. “Para a Wirth, a sustentabilidade está na sua essência de existir”, consta no portfólio da empresa. “Desde o início assumimos o compromisso de gerar negócios alinhados com os princípios de serem economicamente viáveis, ambientalmente aceitos, socialmente justos e culturalmente diversos”, explica Maurício. “Isso é sustentabilidade e a empresa, para ser sustentável, precisa concordar com isso, acreditar nisso e assumir isso”, afirma.
A empresa recentemente aderiu ao programa Selo Origem Sustentável, a única certificação de ESG e sustentabilidade no mundo voltada para as empresas da cadeia calçadista. O programa é baseado nas melhores práticas internacionais de sustentabilidade e foi desenvolvido pela Abicalçados e pela Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro) em 2013. As auditorias são realizadas por órgãos independentes como SENAI, SGS, ABNT, Interntek, Bureau Veritas e DNV.
Outra empresa brasileira que também aderiu ao Selo Origem Sustentável foi a Bibi calçados. Além de expor na BFSHOW e participar das rodadas de negócio do Exporta Mais Brasil, a empresa recebeu os compradores internacionais do programa em sua fábrica, localizada em Parobé, município do Rio Grande do Sul, situado na região Metropolitana de Porto Alegre. Na ocasião, os visitantes puderam ver de perto o processo produtivo e foram convidados a plantar uma árvore no jardim da fábrica.
Atualmente, 70 empresas do setor calçadista já foram certificadas com o Selo Origem Sustentável, e 322 estão no processo de certificação. O programa oferece um sistema e guia completos para as empresas participantes alcançarem os seus objetivos e metas em todas as frentes da sustentabilidade, por meio de cinco dimensões: econômica, social, cultural, ambiental e de gestão da sustentabilidade. Ao aderirem ao Selo, as empresas participantes assumem a responsabilidade de desenvolver e alcançar as metas dos indicadores das cinco dimensões apontadas. Cada um dos indicadores avalia o desempenho das empresas para garantir os níveis de certificação do programa.
Para mais informações sobre o Selo Origem Sustentável, clique aqui.
O Exporta Mais Brasil
Com mais esta rodada, o Exporta Mais Brasil alcança a marca de R$ 198 milhões em negócios. O total investido pela ApexBrasil para a realização das 10 rodadas do programa foi de R$ 4 milhões. Ou seja, cada 1 real investido gerou R$ 50 de negócios imediatos, podendo gerar ainda mais vendas nos próximos anos. “O que nós fazemos com o Exporta Mais Brasil é trazer os compradores internacionais para fazer negócio diretamente com as empresas nacionais. É um mecanismo que acelera o processo da exportação e que funciona, como podemos ver com a quantidade de negócios que estão ocorrendo e os números que estamos alcançando”, complementou Jorge Viana.
Até agora, 10 diferentes setores foram contemplados: móveis, rochas ornamentais, cafés robustas amazônicos, pescados, artesanato, cervejas especiais, cosméticos, mel, cafés arábicas e calçados. O programa começou em agosto deste ano e encerrará sua 13ª rodada em dezembro. Cada rodada ocorreu em um Estado diferente.
Nesta semana, no Acre, ocorre a 11ª rodada do programa, que se dedica aos produtos amazônicos. A iniciativa marca também o lançamento do Exporta Mais Amazônia, que tem como objetivo impulsionar especialmente as exportações de produtos compatíveis com a floresta.
Já a 12ª rodada começa na próxima segunda-feira (4), em Petrolina (PE), voltada para o setor de frutas, e a última do ano será em Brasília, no DF, dedicada ao setor de audiovisual.
Saiba mais sobre o Exporta Mais Brasil no site.
Sobre a ApexBrasil
A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência apoia atualmente cerca de 15 mil empresas em 80 setores da economia brasileira.
Assessoria de imprensa ApexBrasil
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Crédito: Fábio Winter/BFSHOW
