A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), sob nova gestão desde janeiro, pousou na Bahia. O presidente Jorge Viana deu sequência às visitas e agendas de trabalho, que vem sendo marca do início de sua gestão na agência.
“Tomei a decisão de visitar todos os estados do Brasil. Acredito que precisamos ouvir e conhecer para que possamos melhorar. Vamos fazer muito mais para cumprir a missão de aumentar as exportações brasileiras e divulgar os produtos brasileiros no mundo, como nos aponta o governo Lula e Alckmin”, disse Jorge Viana.
A primeira visita de Viana foi ao projeto do Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (CIMATEC) do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), uma instituição de ensino e pesquisa de excelência na área de tecnologia, que contribui para a formação de profissionais qualificados e ao desenvolvimento econômico e social da Bahia e do país.
O CIMATEC foi fundado em 2002 e tem como objetivo promover a capacitação de profissionais para o mercado de trabalho nas áreas de tecnologia, inovação e manufatura avançada. Após o encontro e a apresentação sobre o Centro, o presidente da ApexBrasil almoçou com representantes do Grupo de Líderes Empresariais - LIDE Bahia.
“Um dos papéis primordiais para o LIDE é promover esse bom diálogo entre o setor público e o setor privado. A gente acredita numa política de desenvolvimento de estado voltada às vocações e o estado da Bahia tem vocação como exportador, então, nada mais importante do que receber o presidente da ApexBrasil”, destacou o presidente do LIDE Bahia, Mário Dantas.
A agenda teve continuidade na Federação da Indústria do Estado da Bahia (FIEB). Já na chegada, o presidente Jorge Viana encontrou rapidamente a embaixadora de Gana, Abena Busia e Afua Asabea Asare, que representa a empresa de exportação contraparte da ApexBrasil naquele país (GEPA - Ghana Export Promotion Authority).
Após o encontro, Viana falou para um auditório cheio de empreendedores atentos, onde reforçou mais uma vez a importância das exportações e a necessidade de ampliar o número de empresas exportadoras, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Viana ainda comentou que, só neste próximo ciclo, a ApexBrasil, por meio do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), vai investir cerca de R$ 2,8 milhões na Bahia, para treinar empresas com interesse em exportar seus produtos.
“A presença do Jorge Viana mostra que nossa parceria só vai ficar mais forte. Aqui na Bahia, muitas empresas dependem desse relacionamento com a ApexBrasil e, tenho certeza, que com esse novo olhar, não só a Bahia, mas todo o Nordeste poderá crescer nas exportações, gerando mais empregos e aquecendo nossa economia”, disse o vice-presidente da FIEB Ângelo Calmon de Sá.
E como vem fazendo por onde passa, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, visitou o governador do estado. Durante o encontro com o governador Jerônimo Rodrigues, Viana reforçou que a nova gestão da Agência terá um olhar diferenciado para as regiões Norte e Nordeste, pois são as regiões que menos exportam no Brasil, apesar do imenso potencial que possuem.
“A gente agradece a presença do Presidente da ApexBrasil. A visita, no início dos trabalhos, nos dá uma segurança que estávamos precisando, isso chega em boa hora. Acredito que o ambiente é propício para voltarmos a crescer. Com o apoio da ApexBrasil podemos fortalecer a pauta da exportação, que pode e deve ser ampliada e melhorada”, afirmou o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
Bahia nas exportações
A Bahia, entre todos os estados do Nordeste, é aquele que apresenta o maior número de exportações. Os outros estados da região, somados, não conseguem igualar as exportações baianas em 2022, que alcançaram quase US$ 14 bilhões, um total 39,9% maior que em 2021. Porém, quando se observam os US$ 334 bilhões que o Brasil exportou no mesmo período, percebe-se que mesmo a Bahia ainda exporta pouco se comparada às principais regiões exportadoras do Brasil. A situação é mais delicada nos outros estados nordestinos e na maioria dos estados do Norte, que têm as exportações concentradas no Pará, graças à Vale do Rio Doce.
