Empresas brasileiras se preparam cada vez melhor para a internacionalização

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Fundação Dom Cabral divulga pesquisa realizada com apoio da ApexBrasil sobre cenário e tendências do processo de internacionalização de empresas brasileiras. Pesquisa ocorre desde 2006 e é referência internacional

Atuar em outros mercados e obter êxito nas estratégias internacionais num contexto complexo e dinâmico não é uma tarefa fácil para as empresas. Crescer globalmente criando valor compartilhado para o negócio e diferentes stakeholders requer um planejamento cuidadoso e competências diversas que vão além da concorrência nacional. Com o intuito de ajudar as empresas que encaram esse desafio, expandir a compreensão do processo de internacionalização e fornecer um panorama completo das demandas, desafios e oportunidades, a Fundação Dom Cabral (FDC) apresenta, desde 2006, a Pesquisa Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras. Em sua 16ª edição, o estudo traz reflexões sobre o movimento de empresas de variados portes, setores e níveis de internacionalização, explorando suas estratégias internacionais, os resultados alcançados e as tendências de expansão. A pesquisa de 2023 contou com o apoio e patrocínio da ApexBrasil.

“Para além dos desafios da concorrência nacional, as empresas que se internacionalizam têm frequentemente de lidar com incertezas políticas, taxas de câmbio flutuantes, necessidades específicas dos consumidores locais, diferenças no estilo de gestão de cada país, barreiras logísticas, culturas desconhecidas, diferentes fusos horários, novos stakeholders, dentre outros desafios”, aponta Lívia Barakat, professora da FDC e coordenadora do estudo.

A pesquisadora conta ainda que as empresas brasileiras têm se aperfeiçoado para conquistar novos mercados. “Ao longo dos anos, acompanhando o processo de internacionalização das empresas brasileiras, percebemos que, cada vez mais, elas passam a se preparar melhor para esse processo. Ao mesmo tempo em que elas se internacionalizam hoje com uma velocidade muito maior, impulsionadas muitas vezes pela transformação digital, elas também fazem os movimentos internacionais de forma mais integrada aos seus objetivos estratégicos, com metas muitas vezes ambiciosas”, ressalta Barakat.

Ela conta que, neste ano, a metodologia da pesquisa mudou de forma a considerar não apenas a magnitude da atuação internacional, mas também a maturidade de estratégia e gestão internacional. “A nova metodologia é mais adequada para o contexto atual de maior diversidade de formas de se internacionalizar e da necessidade de gerar valor, não apenas para o negócio, mas para diferentes atores envolvidos com a internacionalização da empresa”, explica a professora da FDC.

“A ApexBrasil já tem mais de 20 anos de história, trabalhando em prol da internacionalização das empresas brasileiras. Muita coisa mudou neste período. A transformação digital e os movimentos globais em busca de inovação e sustentabilidade

trouxeram novas possibilidades, como a abertura de lojas ou escritórios virtuais e o aumento do número de empresas nascidas globais. O que permanece constante em todo este cenário é a importância de as empresas buscarem conhecimento, definirem estratégia e realizarem a gestão ágil de seus recursos no mercado internacional. Daí a importância de Estudos como este”, afirma Clarissa Furtado, Gerente de Competitividade da ApexBrasil.

Empresas analisadas e conclusões

A edição de 2023 contou com um total de 237 empresas participantes que atuam no exterior por diferentes modalidades. Das mais de sete mil empresas inicialmente mapeadas, priorizou-se aquelas que já são internacionalizadas ou estão em processo de internacionalização. Além disso, para se qualificar a participar do estudo, a empresa precisa ter controle e gestão de capital majoritariamente brasileiro. A participação na pesquisa foi voluntária e gratuita.

Segundo a pesquisa, para a maior parte das empresas, a exportação foi a primeira modalidade de entrada em outros mercados. Apenas 13,4% das empresas iniciaram a internacionalização com modalidades que envolvem investimento direto no exterior (subsidiária comercial ou subsidiária produtiva), podendo ser essas por meio de aquisições ou greenfield.

As empresas participantes da pesquisa levaram, em média, 20 anos para se internacionalizar. Quando realizado um recorte entre empresas tradicionais (fundadas antes de 2000) e empresas jovens (fundadas a partir dos anos 2000) é possível ver diferenças significativas na velocidade de internacionalização.

As empresas tradicionais levaram, em média, 19 anos para entrar no comércio internacional, enquanto as mais jovens levaram apenas seis anos. Ainda se observou que startups se internacionalizaram mais rápido, em média quatro anos após sua fundação. É possível que elas se diferenciem das empresas jovens, visto que sua natureza inovadora pode ir além de seus produtos e refletir, por exemplo, em seu modelo de negócios - o que pode levá-las a investirem mais na internacionalização. Por fim, a média de tempo gasto pelas empresas consideradas Born Global é apenas 8 meses após sua fundação, o que mostra como algumas empresas de fato já nascem focadas em atender o mercado internacional.

Principais destinos

Os principais destinos para a primeira internacionalização estão no continente americano, com foco nos Estados Unidos, Argentina e Paraguai. O principal destino fora das américas para início da internacionalização é Portugal, muito em função dos laços históricos e similaridades culturais com o Brasil.

A lista dos dez primeiros é composta por:

  • Estados Unidos, 16,0%;
  • Argentina, 13,8%;
  • Paraguai, 12,2%;
  • Uruguai, 6,4%;
  • Portugal, 4,3%;
  • Colômbia, 3,2%;
  • Reino Unido, 3,2%;
  • Angola, 2,7%;
  • Chile, Itália e Peru, com 2,7% cada.

“É bastante comum as empresas escolherem os Estados Unidos pelo tamanho do mercado, Argentina pela proximidade e laços comerciais históricos e Portugal pela língua e por ser uma porta de entrada para a Europa. Mas outros países estão subindo nessa lista, com destaque para o Paraguai, que tem oferecido condições muito atrativas para as empresas brasileiras. O importante é que as nossas empresas se preparem para chegar ao país escolhido. É preciso estudar, conhecer os mercados e não tentar queimar etapas”, completa a pesquisadora da FDC. Para ter acesso a todos os detalhes da pesquisa, acesse aqui.

Sobre Fundação Dom Cabral

A FDC é uma escola de negócios brasileira com mais 47 anos, que está entre as melhores do mundo e na 7ª posição dentre as instituições de educação executiva participantes do ranking do jornal inglês Financial Times 2023. Oferece uma abordagem educacional diferenciada: o UNI(CO), que cria experiências consistentes, contínuas e com impacto positivo em seus três pilares de atuação: Educação Executiva, Acadêmica e Social para pessoas, organizações e o mundo. Consegue combinar em sala de aula: inteligência com afetividade, o rigor científico com aplicabilidade e desempenho com progresso social, mostrando o seu jeito de fazer educação. Sempre acompanhando as transformações globais, tem como missão contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade por meio da educação, capacitação e desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos.

Sobre a ApexBrasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência apoia mais de 15.000 empresas em 57 setores da economia brasileira, que por sua vez exportam para mais de 200 mercados. A ApexBrasil também atua de forma coordenada com atores públicos e privados na atração de investimentos estrangeiros diretos (IED) para o Brasil, com foco em setores estratégicos para o desenvolvimento da competitividade das empresas brasileiras e do país.

Tema: Atração de Investimentos Estrangeiros — Expansão Internacional
Mercado: Não se aplica
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português

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