Peru é o segundo destino da Missão de Casa & Construção organizada pela ApexBrasil com empresários brasileiros

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As atividades começaram por Santiago, no Chile, na segunda-feira e terminam nesta sexta-feira, em Lima. Painéis, visitas técnicas e rodadas de negócio fizeram parte da programação

Depois de Santiago, no Chile, a Missão de Casa & Construção, organizada pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), esteve em Lima, no Peru, nesta quinta (29) e sexta-feira (30), com representantes de 18 empresas brasileiras para uma série de painéis e visitas técnicas, além de rodadas de negócios com compradores da região. Uma das economias mais abertas na América Latina, o Peru reúne grandes expectativas de crescimento em 2022, de acordo com a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), sendo o 20º maior destino das exportações brasileiras. O Brasil é o maior parceiro comercial do Peru dentro do continente, com balança comercial positiva com o vizinho de US$ 1,8 bilhão em 2021.

O setor de Casa & Construção brasileiro observa o crescimento da construção civil no Peru como uma oportunidade para acessar aquele mercado. Durante os seminários realizados na Missão, o painelista economista Juan Carlos Mathews, ex-vice-ministro da Produção e Indústria do Peru, apresentou aos empresários brasileiros um panorama sobre o mercado e explicou que há grandes espaços a serem explorados por companhias brasileiras, principalmente após a assinatura do acordo comercial bilateral assinado em 2016. Assim como ocorreu com o Chile, com a adesão, o Peru deu aval a empresas brasileiras para que participem de licitações para compras públicas de bens e serviços.

"Há também condições atrativas para o comércio, que é limitado no Peru. Isso significa uma oportunidade. Há alternativas para o crescimento, incluindo o setor de Casa & Construção, que é particularmente atrativo porque a construção civil representa 5,1% do PIB e continua crescendo. O consumo segue crescendo, Lima está crescendo de forma descentralizada, ao norte e ao sul da cidade. A construção é um termômetro  do que se passa na economia: quando está crescendo é um bom sinal e a economia aqui é suficientemente sólida. Esperamos que no próximo ano cresçamos ao redor de 3,3%", afirmou à comitiva brasileira Juan Carlos Mathews. 

Conforme o economista, pela trajetória que o Brasil percorreu na economia peruana ao longo do tempo, o produto e o serviço brasileiro têm boa reputação no mercado. Hoje em dia, embora as commodities tenham espaço considerável no total das exportações para o Peru, como o petróleo (23%), o segmento "móveis e suas partes" e outros produtos da Indústria da Transformação também são bem-recebidos no vizinho, indicando boa oportunidade de crescimento nas vendas. 

Além de Mathews, outros painelistas falaram sobre o ambiente de negócios no Peru durante a manhã de quinta-feira. O advogado Bruno Vega explicou o processo logístico e aduaneiro para desembaraço alfandegário de produtos e expôs diretrizes legais para acessar o mercado peruano. Jesús Huapaya, gerente de projetos da Zytrust S.A., apresentou os protocolos a serem seguidos e a cultura de negócios no Peru. Já Virginia Cáceres, diretora da Initiative, falou sobre o perfil consumidor local e detalhou informações sobre o marketing aplicado a negócios no país.

O empresário Heitor Urbano, proprietário da Forzare, fabricante de puxadores de portas e armários de Londrina (PR), participa da Missão da ApexBrasil desde segunda-feira, quando se iniciou no Chile. Essa é a primeira atividade que integra visando fazer negócios com compradores estrangeiros. Neste ano, participou do PEIEX, Programa de Qualificação para Exportação desenvolvido pela Agência, para preparar-se para o processo de internacionalização. A ideia é fazer a primeira exportação ainda neste ano.

"A missão é importante para posicionamento estratégico. Como a cultura do Peru é diferente, temos de saber como chegar e fazer o primeiro contato, como interpretar as pessoas. Quanto mais íntimo da cultura você demonstrar ser e quanto maior a afinidade com o possível comprador, mais fácil fechar negócios. Conhecer cultura, economia e como se portar numa negociação é extremamente importante. Pelo que conseguimos acompanhar, há variação boa entre custo e benefício e o nosso produto se adequa muito bem ao mercado peruano", afirmou o empresário durante a programação.

Visitas técnicas a grandes empresas de Casa & Construção fizeram parte das atividades propostas durante a Missão. Primeiramente, foram à Sodimac Maestro, em Lima, grande varejista que oferta desde eletrodomésticos a materiais de construção, incluindo pisos, cerâmica, louças para banheiro e materiais de iluminação. Por lá, foi possível pesquisar preços realizados no mercado peruano e identificar oportunidades de apresentação de produtos que hoje não são vendidos na região. Logo depois, a comitiva foi ao Jockey Plaza, um centro comercial que abriga lojas de diversos setores, incluindo Casa & Construção e Decoração.

A empresa WW Química, do empresário Wesley Junior, de São Paulo, observou durante visita técnica que há espaço suficiente para inserção dos seus produtos no setor que atua: produtos químicos para tratamento de pisos. "O Peru é um mercado que tem grandes potenciais, é um mercado bom e promissor para o nosso segmento. Fizemos uma checagem rápida e já percebemos que para alguns itens há diferencial competitivo, um potencial grande de inserção dos nossos produtos", explicou.

A sexta-feira, último dia de missão, ficou reservada para rodada de negócios com possíveis compradores peruanos. Cerca de 35 empresários do país vizinho conversaram com os integrantes brasileiros da atividade a fim de conhecerem os produtos ofertados e discutirem oportunidades de negócios

“Oferecemos aos participantes da Missão informações específicas e relevantes para que eles possam ajustar suas estratégias de entrada nestes mercados, desde dados macroeconômico e dicas sobre a cultura de negócios até o acesso ao que os concorrentes deles estão fazendo, qual a qualidade do produto, os preços cobrados etc. A este robusto conteúdo de informação, agregamos também a oportunidade de contatos com possíveis compradores nos dois países”, afirma Clarissa Furtado, Gerente de Competitividade da ApexBrasil.

ApexBrasil

A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos, apoiando atualmente cerca de 15 mil empresas em 80 setores da economia brasileira. Também já atendeu mais de 1.300 investidores e mais de 118 projetos no valor de US$ 23 bilhões em investimentos anunciados no Brasil. A Agência faz parte do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, por meio do qual conta com mais de 120 escritórios no mundo, e trabalha em estreita colaboração com outros ministérios, órgãos reguladores e entidades de classe. 

Tema: Promoção Comercial — Expansão Internacional
Mercado: América do Sul
Setor de Exportação: Casa e Construção
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português

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