Adidos agrícolas debatem ações e estratégias para o agronegócio brasileiro

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Realizado pela ApexBrasil, o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o evento teve início nesta segunda-feira (28) e vai até o dia 2 de dezembro, com agenda extensa

Defender a imagem do agronegócio brasileiro e encontrar caminhos para abrir novos mercados e para manter os já conquistados. Essas são apenas três das diversas atribuições dos adidos agrícolas nas embaixadas e representações brasileiras ao redor do mundo. Para alinhar as principais tendências de comércio exterior do agronegócio e, consequentemente, as ações que precisam ser empreendidas nesse sentido, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE), organizaram o 4º Encontro de Adidos Agrícolas Brasileiros, que ocorrerá entre esta segunda-feira (28) e 2 de dezembro, no B Hotel, em Brasília.

Nesta manhã, durante a abertura do evento, um tema foi destaque entre as autoridades presentes: a importância de trabalhar a imagem do agronegócio brasileiro no exterior. Segundo o presidente da ApexBrasil, Augusto Pestana, “existe um déficit de informação sobre o agronegócio brasileiro, que não é de hoje, é muito antigo. Havia distorções há 50 anos atrás, quando o Brasil não era um grande ator do agronegócio, ao contrário, o país era um importador de alimento. Mas, hoje, somos um grande ator do agronegócio, estamos em primeiro lugar em praticamente todos os produtos comercializados, somos uma potência exportadora e temos de nos preparar para diminuir esse déficit de informação”, completou.

Segundo dados disponibilizados durante o encontro pelo secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos do MRE, embaixador Sarquis José Buainaim Sarquis, o agronegócio brasileiro reúne cerca de um quarto do PIB nacional, tendo demonstrado crescimento acelerado de suas exportações nos últimos 10 anos, quando saiu de uma receita de US$ 20 bilhões para US$ 120 bilhões de dólares em 2021. Atualmente, o setor responde por cerca de 48% do volume total das exportações brasileiras e pela produção de alimentos para mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo, conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e por 20% dos empregos brasileiros, segundo o Mapa.

Resiliência e confiança

Os números demonstram não só a efetividade das técnicas empregadas, mas também a resiliência do agronegócio brasileiro nos últimos anos. De acordo com Sarquis, o Brasil comprovou que é um fornecedor confiável pois em nenhum momento interrompeu o fornecimento de alimentos a seus parceiros mesmo no ápice da crise sanitária e das incertezas geopolíticas mais recentes. “Diante dos desafios enfrentados, as cadeias agroalimentares brasileiras demonstraram resiliência e garantiram o fornecimento de alimentos com elevado padrão de qualidade e sustentabilidade no mercado internacional a preços altamente competitivos. O agronegócio brasileiro segue ativo, criando empregos, recolhendo impostos, gerando riquezas, alimentando o mundo.”

O trabalho desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que há 50 anos cria tecnologias de ponta para o agronegócio nacional, também foi mencionado durante o evento. O ministro da Agricultura, Marcos Montes, disse aos adidos que a tecnologia brasileira para o agro, as regras sanitárias nacionais e o código florestal do Brasil são trunfos para defender a imagem do país e abrir novos mercados no exterior. “Vocês hoje têm uma missão muito importante que pode ser resumida em dois termos: segurança alimentar e imagem do Brasil. Não adianta estarmos aqui produzindo cada vez mais, batendo recordes, se nossa imagem lá fora fica deturpada. Com esses três instrumentos, a tecnologia, a sanidade e as regras de preservação, vocês têm em mãos o que é necessário para mostrar ao mundo a força que o agronegócio e o Brasil têm”, concluiu.

Oportunidades e negociações

Após a sessão de abertura, dois painéis abordaram as barreiras técnicas e não tarifárias às exportações brasileiras e o acesso a mercados. No primeiro, o diretor do Departamento de Energia e Agronegócio do MRE, embaixador Alexandre Peña Ghisleni, comentou que, diferentemente dos demais setores, no caso do agro, a primeira barreira não é tarifária, mas técnica. Após oferecer um panorama histórico sobre o tema, Ghisleni afirmou que os adidos precisam ter sensibilidade para perceber quando surgem as questões que podem afetar as exportações do agronegócio brasileiro e para encontrar soluções com o objetivo de diminuir possíveis impactos.

No segundo painel, o diretor do Departamento de Negociações Comerciais do MRE, ministro Philip Fox-Drummond Gough, o chefe da Divisão de Política Agrícola do MRE, o primeiro-secretário Luiz Fellipe Schmidt, e a diretora do Departamento de Negociações e Análises Comerciais da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Ana Lucia Oliveira Gomes, detalharam o estágio das negociações brasileiras com alguns países e blocos comerciais, bem como os desafios que o setor terá adiante. Segundo os diplomatas, as rodadas de negociação, tanto bi, quanto multilaterais, sofreram uma mudança de foco, saindo de questões como subsídios e barreiras comerciais e migrando para a temática de segurança alimentar nos últimos anos.

Encontro de Adidos Agrícolas Brasileiros

Realizado desde 2019, o evento reúne os principais atores governamentais que influenciam a política agrícola brasileira para exportação, além de agentes do setor privado. O objetivo do Encontro é promover a troca de experiências entre os adidos agrícolas brasileiros sediados em todo o mundo, que realizam iniciativas para abrir novos mercados no exterior, promover os produtos brasileiros e atrair investimentos.

ApexBrasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência faz parte do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, por meio do qual atua em coordenação com mais de 120 escritórios no mundo (os Setores Comerciais das Embaixadas e Consulados Brasileiros – SECOMs), e trabalha em estreita colaboração com outros ministérios, órgãos reguladores e entidades de classe.

Tema: Atração de Investimentos Estrangeiros
Mercado: Não se aplica
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Outros
Setor de serviços: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português

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