Política Nacional de Cultura Exportadora é prioridade para o Governo Federal

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Nesta segunda-feira, 04 de setembro, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançou a Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) e criou um Comitê Nacional para sua promoção. Junto com outras entidades, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento (ApexBrasil) integrará o Comitê, de modo a compartilhar sua experiência com a promoção da internacionalização de empresas brasileiras. O objetivo da nova política é difundir a cultura da exportação e ampliar a participação do Brasil no comércio internacional.

“É preciso exportar mais, exportar com maior valor agregado, diversificar origens e destinos”, disse o vice-presidente da República e ministro, Geraldo Alckimin. Para tanto, Alckmin destacou a necessidade de um amplo esforço nacional para promover oportunidades associadas ao mercado externo.

“Apenas 1% das empresas brasileiras exportam. Além disso, essas cerca de 25 mil firmas estão concentradas geograficamente. Atualmente, nove estados brasileiros contam com menos de 100 empresas exportadoras. Nosso objetivo é levar os benefícios do comércio internacional país adentro”, afirmou Alckimin.

Segundo a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, que representou a Agência no lançamento da PNCE, “trabalhar a cultura exportadora é mostrar para empresas de todo o Brasil que a exportação é viável e traz benefícios concretos, tornando-as mais sustentáveis e inovadoras”.

“Empresas que exportam fortalecem sua marca, aprimoram seus processos e produtos, empregam mais e pagam melhor. No entanto, sabemos que a maior parte das micro e pequenas empresas veem a exportação como algo inatingível, complexo e ‘para poucos’”, reforça Repezza. Segundo ela, o que a ApexBrasil procura mostrar, por meio dos programas, é que todos podem exportar, desde que se preparem para isso, com informação, conhecimento, planejamento e estratégia.

Além do MDIC e ApexBrasil, farão parte do Comitê as seguintes entidades: Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Desafios para uma cultura exportadora

O estudo “Perfil das firmas exportadoras brasileiras”, realizado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, indica que apenas 25 mil empresas brasileiras exportam e que, entre essas, apenas 14% são comandadas por mulheres.

Além do desafio de ampliar a participação de mulheres nos negócios internacionais, o estudo aponta que as origens das exportações brasileiras precisam ser diversificadas. Sul e Sudeste concentram a grande maioria das empresas exportadoras brasileiras. São Paulo e Rio Grande do Sul juntos representam 54% dessas firmas, enquanto nove estados têm menos de 100 empresas que acessam o mercado internacional.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, Tatiana Prazeres, a maior parte das empresas exporta de forma esporádica, de modo que se deve pensar não só no acesso a mercados, mas na manutenção dessas empresas no comércio exterior.

A secretária também destacou que firmas exportadoras são mais inovadoras, mais produtivas, contratam mais e têm vida mais longa. “Se somente 1% das empresas brasileiras exportam, elas empregam 15% da mão de obra formal, concluiu Tatiana Prazeres.

Comitê Nacional para a Promoção da Cultura Exportadora

A criação do Comitê Nacional para a Promoção da Cultura Exportadora representa a oficialização de uma rede informal que apoiou as ações de disseminação da cultura exportadora nos últimos 10 anos, no âmbito do antigo Plano Nacional de Cultura Exportadora. Para a ApexBrasil, o estabelecimento desse Comitê permite a coordenação de ações conjuntas entre os agentes que fomentam o comércio exterior e evita a sobreposição de iniciativas.

A gerente de Competitividade da Agência, Clarissa Alves Furtado, explica que a “ApexBrasil atua em rede e está buscando neste momento ampliar e fortalecer suas parcerias, de forma a aprimorar a sua capilaridade e seu atendimento às empresas brasileiras, contribuindo assim com a cultura exportadora no país”.

A articulação de esforços com os estados da federação e com confederações e associações do setor produtivo é fundamental para o sucesso da política, razão pela qual estiveram no lançamento da PNCE representantes de 20 estados, da Confederação Nacional do Comércio, da Confederação Nacional da Indústria e da Confederação Nacional da Agricultura.

ApexBrasil e a PNCE

Segundo Ana Repezza, as diretrizes estratégicas da ApexBrasil estão alinhadas aos objetivos da PNCE. Aumentar a participação de micro e pequenas empresas no comércio exterior está no centro dos esforços da Agência. Apenas em 2022, a agência atendeu 14.462 empresas das quais 48,3% são da categoria micro e pequenas (MPE).

Uma das ações da ApexBrasil nesse sentido é o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), que oferece atendimento personalizado e gratuito em todo o país, beneficiando aproximadamente 2 mil empresas por ano, sendo cerca de 70% delas de micro e pequeno porte. O programa já chegou a 1.353 municípios, demonstrando sua abrangência.

A ApexBrasil também está desenvolvendo, em colaboração com o MDIC, MRE, CNA, CNI, Sebrae e Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido (FCDO), uma plataforma digital de serviços de comércio exterior chamada BRAEXP, que conectará micro, pequenas e médias empresas brasileiras a fornecedores de serviços voltados às exportações, incluindo capacitação empresarial, inteligência de mercado, financiamento, seguro de crédito e logística.

Para promover a participação de mulheres no comércio exterior, a ApexBrasil lançou o programa Mulheres e Negócios Internacionais (MNI), em consonância com o Compromisso de Equidade de Gênero assinado pela Agência em março deste ano.

A diversificação das origens das exportações é, também, um compromisso da nova gestão da ApexBrasil. A agência estimula a inserção de empresas de todos os estados brasileiros no comércio exterior de forma mais equânime, promovendo mais emprego e renda para todo o país.

“Os estados do Norte e Nordeste ainda exportam menos que as demais regiões, apesar do grande potencial”, afirmou Repezza. “O Programa Exporta Mais Brasil, lançado no mês de agosto em João Pessoa, evidencia o esforço da Agência em contemplar mais essas regiões, para promover o desenvolvimento de todo o país”, concluiu.

Tema: Não se aplica
Mercado: Não se aplica
Setor de Exportação: Outros — Não se aplica
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português

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