Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai é escolhido como o melhor projeto de arquitetura cultural do mundo

Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai é escolhido como o melhor projeto de arquitetura cultural do mundo

Compartilhar
Copiar link

Compartilhar

Compartilhar esse link com
Copiar link
Link copiado!

O espaço brasileiro foi eleito entre 4,5 mil projetos arquitetônicos pelo público do portal de arquitetura internacional mais visitado, o ArchDaily. Promovido pela ApexBrasil, o pavilhão abrigou eventos para divulgar o País na Exposição Universal

O Pavilhão do Brasil na Expo 2020 Dubai está entre os 15 vencedores do prêmio Building of the Year Awards 2023 (“Prêmio de Construção do Ano 2023”, em tradução literal), concedido pelo ArchDaily, o site de arquitetura mais visitado do mundo. Concorrendo com 4,5 mil projetos, ele foi eleito o melhor na categoria Arquitetura Cultural da premiação, que ocorre anualmente. A votação é feita pelo público do portal.

O espaço brasileiro foi montado especialmente para abrigar eventos de divulgação dos produtos e marcas do País durante os seis meses da maior exposição do planeta, que congregou pavilhões de 192 nações entre outubro de 2021 e março de 2022, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e projetado conjuntamente pelos escritórios de arquitetura de Marta Moreira e Milton Braga (MMBB Arquitetos), do argentino Martin Benavides (Ben-Avid) e de José Paulo Gouvêa (JPG.ARQ). Em 2018 eles venceram o concurso público organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/DF) para a concepção do pavilhão brasileiro em Dubai.

“Esse prêmio é a coroação de um esforço conjunto do país e de toda a comunidade da cultura criativa na divulgação da arquitetura brasileira no exterior, um esforço que a ApexBrasil tem tido desde quando começou a organizar os pavilhões das exposições mundiais”, afirma o analista da Coordenação de Exposições Universais e Projetos Especiais da ApexBrasil, Marcelo Sávio.  O primeiro pavilhão organizado pela ApexBrasil foi em 2010, na Expo Xangai, depois em Milão, em 2015, que também rendeu premiações. Segundo Sávio, os pavilhões dos eventos mundiais são um instrumento para as grandes nações promoverem sua cultura. “É um softpower da forma mais concreta”, analisa.  

“Além de ser alegre e lúdico, o pavilhão encantou a todos ao apresentar a sabedoria da cultura brasileira de arquitetura de fazer com poucos recursos e elementos uma edificação exuberante”, afirma o arquiteto Milton Braga. Segundo ele, a arquitetura mais simples e mais natural tem sido mais bem avaliada, recebida e valorizada pelo mundo, que está em busca de construir cada vez mais com menos recursos. “Além da estrutura e da vedação necessárias, o chão inundado, formando o espelho d´água, trouxe graça e interação ao espaço, e assim se fez um edifício muito marcante, que atraiu muitos visitantes ao longo do evento”, explica Braga.

O Pavilhão do Brasil foi o terceiro mais visitado durante o evento, recebendo 2,1 milhões de visitantes. Além das exposições, o espaço acolheu 460 apresentações culturais de todas as regiões do Brasil e 270 apresentações musicais. Também foi palco de 150 agendas de negócio, com a participação de 805 empresários. Os resultados em negócios giraram em torno de US$ 14 bilhões.

Oásis brasileiro em Dubai

O Pavilhão do Brasil na Expo Dubai foi como um oásis em meio ao deserto dos Emirados Árabes Unidos. Tendo as águas brasileiras como elemento central, um espelho d´água caminhável ocupava o centro do espaço, representando os rios e mangues do país, dando oportunidade para os visitantes interagirem, tanto molhando os pés como mergulhando e brincando com as águas. Em volta, uma estrutura tênsil em aço e tecido branco leve formava um arcabouço capaz de receber projeções, criando uma atmosfera imersiva de imagens e sons brasileiros, como da Floresta Amazônica, belezas naturais e festas culturais. A edificação continha ainda três pavimentos, que acolhiam as salas de exposição, um mirante para o espelho d´água e as áreas administrativas, de gerência e de reuniões. Localizado no Distrito da Sustentabilidade do evento, o espaço brasileiro tinha uma arquitetura visualmente simples e forma aproximada de um cubo, com 48 metros de lado e 20 metros de altura. Toda a estrutura metálica foi reutilizada após o evento.

Escolha popular

O coordenador editorial do ArchDaily Brasil, Romullo Baratto, explica que o Building of the Year Awards é inteiramente baseado em escolha popular. “Esse sistema inverte o processo tradicional em que um júri especializado seleciona os vencedores, e abre espaço para uma infinidade de vozes e pontos de vista geralmente negligenciados nas premiações de arquitetura”, esclarece.

Segundo Baratto, nas últimas três semanas 150 mil votos foram computados pelo site, em duas etapas.  Na primeira, dos 4,5 mil projetos publicados ao longo de 2022, o público elegeu 75 finalistas, sendo 5 projetos de cada categoria. Na segunda etapa, o público teve uma semana para votar e escolher um dos cinco finalistas de cada categoria, resultando assim nos 15 vencedores.

Além do Pavilhão do Brasil, outros dois projetos de arquitetos brasileiros também foram premiados; um na categoria Houses (casas), do coletivo Levante, e outro na categoria Arquitetura Industrial, do escritório Gustavo Penna Arquiteto e Associados. As outras categorias premiadas foram: Melhores Produtos Aplicados; Arquitetura Comercial; Arquitetura Educacional; Arquitetura de Saúde; Hospitalidade; Habitação; Arquitetura de Interiores; Escritórios; Arquitetura Pública e Paisagista; Arquitetura Religiosa; Pequenas Instalações; e Arquitetura Esportiva.

“Os projetos publicados no ArchDaily passam pelo crivo da equipe de curadoria, composta por profissionais da arquitetura, que avalia aspectos como qualidade espacial, composição formal, coerência com o contexto no qual a obra está inserida, aspectos e sustentabilidade ambiental e social, inventividade no uso de materiais e estratégias de conforto”, afirma Baratto.  “Para todos os envolvidos, essa premiação do ArchDaily é uma conquista e um grande reconhecimento”, reforça um dos autores do projeto arquitetônico, Milton Braga.

Próxima parada

As Exposições Mundiais são realizadas a cada cinco anos. A próxima vai ocorrer em Osaka, no Japão, em 2025. A equipe vencedora do concurso público promovido pela ApexBrasil e organizado pelo IAB/DF para a concepção do projeto do Pavilhão do Brasil para a ocasião é formada pelo Studio MK27, do arquiteto Marcio Kogan, e pela Magnetoscópio, do curador Marcello Dantas, ambos de São Paulo (SP). Simbolizado pela imagem da água que voa em nuvens carregadas, o conceito central do projeto vencedor aborda os “Rios Voadores” e os preparativos para torná-lo real já estão em andamento.

Sobre a ApexBrasil

A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos, apoiando atualmente cerca de 15 mil empresas em aproximadamente 90 setores da economia brasileira. Entre 2019 e 2022, a Agência atendeu mais de 800 investidores e mais de 120 projetos, no valor de US$ 28,4 bilhões em investimentos anunciados no Brasil.

Tema: Outros
Mercado: Não se aplica
Setor de Exportação: Não se aplica
Setor de Investimento: Não se aplica
Setor de serviços: Não se aplica
Idioma de Publicação: Português

Exclusivo para usuários logados

Para acessar este conteúdo é necessário informar o tipo de Audiência

CNPJ inválido
Nome da empresa inválido
Por que solicitamos o CNPJ e o nome da Empresa?
Erro: